sexta-feira, 16 de julho de 2010


Um pensamento, quando é escrito, é menos opressor, embora às vezes se comporte como um tumor maligno: mesmo arrancando-se, volta a desenvolver-se, tornando-se pior do que antes.

Sempre pensei que se fosse um escritor, seria o Vladimir Nabokov.
Quando leio, nunca sinto a coisa como se fosse minha e gosto de sentir assim, a distância.
Com o Nabokov, sempre foi diferente. Tenho prazer em sentir que diria o mesmo da mesma maneira.
Pior: eu seria capaz de escrever a Lolita.
Pior: a Lolita seria capaz de ser pensada na minha cabeça.
Que desespero. O Desespero.

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