quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

“ a casa é, evidentemente, um ser privilegiado; isso desde que a consideramos ao mesmo tempona sua unidade e na sua complexidade, tentando integrar todos os seus valores particulares num valor fundamental. A casa fornecer-nos-á simultaneamente imagens dispersas de um corpo de imagens. Em ambos os casos, provaremos que a imaginação aumenta os valores da realidade [...] Nessas condições, se nos perguntassem qual o benefício mais precioso da casa, diríamos: a casa obriga ao devaneio, a casa protege o sonhador, a casa permite sonhar em paz. Só os pensamentos e as experiências sancionam os valores humanos. Ao devaneio pertencem os valores que marcam o homem na sua profundidade. [...] Então, os lugares onde se viveu o devaneio reconstituem-se por si mesmos num novo devaneio. É exactamente porque as lembranças das antigas moradas são revividas como devaneios que as moradas do passado são imperecíveis dentro de nós.


O nosso objectivo agora está claro: pretendemos mostrar que a casa é uma das maiores forças de integração para os pensamentos, as lembranças e os sonhos do homem. [...] O passado, o presente e o futuro dão à casa dinamismos diferentes, dinamismos que não raro interferem, às vezes opondo-se, às vezes excitando-se mutuamente. Na vida do homem, a casa, afasta contingências, multiplica os seus conselhos de continuidade. Sem ela, o homem seria um ser disperso. ”




Bachelard

domingo, 25 de dezembro de 2011



A tristeza de todas as raparigas comuns.



A tristeza surge em mim, sob a forma de golpes tão simples como a variação da luz das janelas de um prédio, que ora produz a sensação profunda de um conforto maternal, ora agride, com a clareza de um branco aberto, que expande e deixa expostos, todos os medos. Como aquilo que representa, num filme, a morte de um dos amantes, a forma abnegada como alguém lê ao outro, um livro, a dificuldade que existe, nas pequenas tarefas diárias, o desembaraçar de um colar, o lápis que cai para o lado impossível da cama, as chaves perdidas dentro de uma mala-existência, a esperança depositada sobre toda a vida e que se converte, um dia mais tarde, um dia de Natal, na responsabilidade de um esforço, de um gesto.

Can we just hug?

sábado, 3 de dezembro de 2011

The mystery of goodness…is it a mystery or do you think goodness is a deep human virtues that emerges?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Grandes Esperanças

Ouvi esta música num lugar. Num lugar que já não recordo e que, como muitos outros, já perdi. O que ficou desse lugar, que agora esqueço, foi a sensação da melodia perfeita. Hoje, alguns anos depois e com a memória do sentimento que me provocou, ela surge e traz-me exactamente aquilo que ela é.